BNDES investe em estudo para melhoria de mobilidade em SP
Três cidades do estado serão alvo de estudo do BNDES para identificar formas de otimizar a mobilidade urbana em regiões metropolitanas. São elas: a capital São Paulo, Campinas e Santos. Além delas, outras 19 metrópoles brasileiras – todas capitais – também serão estudadas. A ideia do estudo é expandir investimentos na infraestrutura de mobilidade, melhorar a qualidade do serviço e atrair mais passageiros para o transporte público no grupo de cidades brasileiras com população superior a 1 milhão de habitantes.
O Banco investirá R$ 27,8 milhões não reembolsáveis para realização do estudo, por meio do seu Fundo de Estruturação de Projetos (BNDES FEP). O trabalho será conduzido pela consultoria Bain Company, em um consórcio formado pelas empresas de engenharia Logit, Oficina, TYLin e o escritório de advocacia Machado Meyer.
A pesquisa, que tem duração de 12 meses, ajudará a elaborar a Estratégia Nacional de Mobilidade Urbana. A intenção é promover a parceria da União com as regiões metropolitanas para viabilizar projetos, além de impulsionar investimentos em mobilidade urbana nas cidades. O resultado também contribuirá para formar a carteira de projetos de concessões e parcerias público-privadas (PPPs) que promovam investimentos para melhoria dos serviços públicos no âmbito do Novo PAC.
Segundo o BNDES, o estudo será essencial para mapear os projetos de alta e média capacidades (trens, metrôs, VLTs e BRTs) nas maiores regiões metropolitanas do país, contribuindo para a redução do déficit histórico de investimentos no setor.
O trabalho é apoiado por uma rede de conhecimento e colaboração formada por dezenas de instituições do setor e por representantes dos governos federal, estaduais e municipais, como: IPEA, IBGE, ANTP, ANP Trilhos, ITDP Brasil, WRI Brasil, CONSETRAM, Fórum de Secretários e Dirigentes de Mobilidade Urbana, Frente Nacional dos Prefeitos e Confederação Nacional dos Municípios.
Dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostram que o déficit de investimentos no setor atinge pelo menos R$ 300 bilhões de reais. Caso o volume anual de financiamento mantenha a média dos últimos anos, demorariam mais de 50 anos para que a oferta de mobilidade seja adequada.
A maior adoção dos meios coletivos traz benefícios diretos e indiretos, como redução do trânsito – o que acelera viagens –, menos emissão de gases estufa e poluentes, menos acidentes e, por fim, aumento da produtividade com ampliação do acesso a serviços e oportunidades na cidade, principalmente pelas populações mais vulneráveis, o que resulta em melhoria da qualidade de vida e redução das desigualdades socioeconômicas.