Tatuzão chega à penúltima estação da Linha 6-Laranja
O tatuzão Norte, equipamento responsável pela escavação da Linha 6-Laranja do Metrô de São Paulo, atingiu a Estação Maristela em 12 de novembro. Localizada na zona norte da capital, a estação é a penúltima do trajeto antes da chegada à Brasilândia, ponto final do ramal, já conectado ao Pátio Morro Grande, que abrigará manobras e manutenção dos trens.
A Estação Maristela, situada no Jardim Maristela, contará com um terminal de ônibus integrado e terá acesso direto ao Hospital Municipal da Brasilândia, reforçando a conectividade e os serviços na região. Após passar por manutenções, o equipamento seguirá para escavar o trecho final até a Brasilândia.
Cronograma mantido e previsão de operação parcial
As obras da Linha 6-Laranja alcançaram 58% de execução, conforme informado pelo governo paulista. O planejamento prevê a entrega do primeiro trecho, entre Brasilândia e Perdizes, no segundo semestre de 2026. Já o segundo segmento, que conecta Perdizes a São Joaquim, deve ser concluído em 2027. Essa extensão ligará a zona norte ao centro de São Paulo, integrando o ramal às linhas 1-Azul do Metrô e às linhas 7, 8 e 9 da CPTM.
Com 15,3 quilômetros de extensão e 15 estações, a Linha 6-Laranja deverá atender a mais de 630 mil passageiros diariamente. A nova conexão reduzirá o tempo de viagem entre Brasilândia e São Joaquim de 1h30, feito de ônibus, para apenas 23 minutos.
Maior obra de infraestrutura na América Latina
A Linha 6-Laranja é a maior obra de infraestrutura em andamento na América Latina. O projeto, realizado em regime de parceria público-privada (PPP) entre o Governo de São Paulo e a Concessionária Linha Universidade (Linha Uni), gerou mais de 10 mil empregos diretos e indiretos.
O projeto integra o programa SP nos Trilhos, que busca expandir o transporte ferroviário no estado, incluindo metrô, trens metropolitanos e intercidades, além de VLTs (Veículos Leves sobre Trilhos). Com foco em eficiência, segurança e sustentabilidade, a iniciativa tem o objetivo de aprimorar a mobilidade urbana e regional, conectando a capital ao interior e ao litoral paulista.
O programa abrange mais de 40 empreendimentos, com investimentos estimados em R$ 190 bilhões para ampliar e modernizar uma malha ferroviária superior a mil quilômetros. A proposta inclui a reutilização de trechos ociosos, aumento da capacidade de transporte e geração de emprego e renda, além de fomentar o turismo e a economia estadual.