Operação remota e high tech já é realidade na Caterpillar

Por Rodrigo Conceição Santos

O uso de tecnologias digitais para otimizar a operação de equipamentos off road está se popularizando. Nos últimos anos, com o avanço das tecnologias de internet das coisas (chips) e de conectividade – com as redes 4G e 5G – essas soluções têm mostrado o seu potencial para melhorar a segurança dos trabalhadores, aumentar a produtividade das operações e ainda reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

E mais: a operação remota de equipamentos, por exemplo, possibilita a inclusão social de pessoas com mobilidade reduzida, que podem se tornar exímios operadores à distância, entre outras atividades.

Denis Caetano, responsável pelo portfólio do ecossistema de tecnologia da Caterpillar na América Latina, pontua que há um aparato de tecnologias digitais desenvolvidas nos últimos anos nesse sentido e que, agora, elas começam a ganhar força no Brasil e no mundo.

Em entrevista à Revista Apelmat, ele resumiu que a combinação dessas soluções está tornando as operações mais seguras e, em média, até 30% mais eficientes, além de ampliar o leque de possibilidades de aplicações.

Operação remota da Caterpillar

Uma das soluções mais recentes da Caterpillar é para a operação de equipamentos à distância, por controle remoto. Chamada de Cat Command, a tecnologia promete ampliar a segurança, ao tirar o operador do local de trabalho em áreas de riscos.

No Brasil, os principais casos de uso estão na mineração, com caminhões, tratores e escavadeiras semi-autônomos. Mas a expectativa é que os prestadores de serviços de mineração, e até os canteiros de obras, avancem na adoção de carregadeiras, escavadeiras e outros equipamentos de pequeno e médio porte da linha amarela com a tecnologia. “Em outros países, já há bastante casos de operação autônoma de equipamentos. Um conhecido é o de carregadeira autônoma trabalhando na limpeza de porão nos Estados Unidos. Isto demonstra o leque de possibilidades de aplicação”, diz Caetano.

Segundo ele, o Cat Command se assemelha a um cockpit de Fórmula 1, dispondo de assento e controles originais dos equipamentos off road. Isto é combinado com telas, que auxiliam o operador a obter as mesmas informações que teria se estivesse operando o equipamento in loco. “Há um painel de instrumentos à direita do operador e um de corte e aterro, por exemplo, à esquerda. Esses painéis recebem as informações das câmeras instaladas no equipamento, para que o operador obtenha uma visão de 360 graus dele. Tudo em tempo real”, detalha Caetano.

Os sensores instalados na máquina enviam dados para a central de controle remoto, e essa conectividade é garantida por Wi-Fi ou por redes privativas de telecomunicações do tipo LTE (4G) ou, as mais modernas, 5G, que dispõem de menor latência (tempo de resposta) e maior largura de banda. “As novas gerações de equipamentos da Caterpillar, como os tratores de esteiras, carregadeiras e escavadeiras de até 36 toneladas já saem de fábrica com sensores inerciais que permitem essa conectividade”, explica o especialista.

Leia a matéria completa na edição gratuita da Revista Apelmat 178.