9 de dezembro de 2024

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Por: Apelmat

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Tags: equipamentos

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Categorias: Mercado

Mercado de equipamentos deve fechar 2024 com 9% de crescimento

A tendência de crescimento do mercado de equipamentos deve ser mantida nos próximos dois anos. Essa é a avaliação do Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção. O levantamento ouviu construtoras, locadoras, empresas de serviços e dealers e indicou que para 57% deles, o crescimento continua em 2025. Para 2026, o otimismo se mantém e 66% dos entrevistados acreditam na manutenção da curva ascendente. 

De acordo com Mario Miranda, coordenador do Estudo de Mercado, 90% das construtoras, locadoras e serviços apontaram que o volume de negócios até setembro de 2024 foi melhor ou igual a 2023. “Porém, 71% das empresas entrevistadas informaram haver atingido as metas planejadas”, ponderou. Para 65% dos dealers, o mercado será estável ou irá crescer até o final do ano.  O levantamento releva ainda que 64% dos empresários respondentes da pesquisa estão otimistas para o setor da construção em 2025.

Crescimento da linha amarela

O Estudo de Mercado aponta para crescimento de 9% nas vendas totais de máquinas para construção em 2024, em comparação a 2023. O número deve alcançar 58,2 mil unidades comercializadas neste ano, contra 53,5 mil unidades no ano anterior. Na linha amarela, a alta estimada é 14%, alcançado 36,6 mil unidades vendidas neste ano, contra quase 32,3 mil unidades comercializadas em 2023.

Os setores mais relevantes para o mercado de máquinas neste ano são a locação, construção pesada e agronegócio. Em termos de vendas, os dois segmentos com maior Market Share – construção (42%) e a locação (23%) – somam 65%. “Desde 2021, esses dois setores assumiram o protagonismo, respondendo por 63% da comercialização de máquinas. Mas ainda há espaço para crescer”, afirmou Miranda.

Locação no mercado de equipamentos de 2024

Corroborando com a avaliação do coordenador do Estudo de Mercado, Eurimilson Daniel, vice-presidente da Sobratema, ressaltou o potencial do mercado de locação de máquinas, que responde por um percentual importante em relação às vendas de algumas categorias de máquinas, como plataformas áreas (90% a 95%) e betoneiras (70% a 75%). 

Conforme apurou reportagem da Revista Apelmat, publicada em junho de 2024, o setor de locação está perto de 30% de representatividade nas compras de máquinas da linha amarela.

Daniel mencionou ainda que a queda do percentual de frota parada para 11% em 2024 – em 2023 era de 19% e em 2017, de 57% – reitera a crescente confiabilidade das construtoras pela locação de máquinas.

Preocupações e oportunidades

O Estudo da Sobratema apresenta também as principais preocupações para os empresários em 2024, sendo as maiores “obter créditos para investir e os juros altos”. O economista Luís Artur Nogueira salientou que, se o governo fizer o ajuste fiscal, haverá condições para ancorar a expectativa inflacionária e, com isso, o Banco Central tem condições de cortar juros a partir do final de 2025.

Em termos de oportunidades, a primeira elencada pelos empresários foi infraestrutura. Para Nogueira, nos dois próximos anos há uma tendência de se ter mais obras públicas com o lançamento do PAC e até mesmo por ser os dois anos finais das atuais gestões estaduais e do governo federal. “Minha avaliação é que haverá também obras privadas, geradas pelas concessões passadas e por novas concessões”, destacou. Ele também mencionou que existem outras oportunidades para o setor de máquinas, como a China impulsionando o setor de mineração, os lançamentos no mercado imobiliário e a retomada do agronegócio.

Outro dado relevante do levantamento é o financiamento utilizado pelas empresas adquirirem suas máquinas: 33% dos entrevistados utilizaram capital próprio, seguido por Finame, com 23% e CDC, com 19%. 

De acordo com a avaliação dos especialistas, a compra de equipamentos é motivada por três fatores: demanda direcionada, renovação frota e oportunidades de negócios.