6 de julho de 2020

|

Por: Apelmat

|

Categorias: Equipamentos

Comprar ou alugar?

A locação versus a compra de equipamentos é um tema recorrente hoje, no setor do agronegócio. Durante o webinar sobre investimentos em equipamentos no mercado em transformação, promovido no último dia 25 pela Sobratema em parceria com a Analoc, o head comercial de equipamentos pesados da Ouro Verde afirmou que vê uma mudança na visão dos clientes.

“Hoje, eles estão preferindo usar o equipamento, sem precisar se preocupar como e para quem irão comercializar o ativo após o tempo de uso”, ponderou. Segundo ele, está havendo essa migração da compra para a locação, seguindo a realidade de outros países, como a Argentina, que trabalha com a locação na área agrícola.

Contudo, o presidente do Grupo RISA, José Antonio Gorgen, explicou que não é possível comparar os dois países nesse segmento porque a janela de plantio e colheita são diferentes bem como as características geográficas e dos produtores rurais. “Não existe uma cultura de locação tanto para os micros, pequenos e médios produtores como para as grandes fazendas”, acrescentou.

No segundo caso, o motivo é que eles já investem em equipamentos altamente produtivos e não farão a locação de máquinas com menor eficiência e produtividade. “Acho que vai demorar um pouco para esse tipo de mudança”.

Construção

Mas no segmento de construção, a locação já é parte da realidade. “A opção pela locação é feita no planejamento. Ela pode ser um bom negócio em diversas situações, como por exemplo, quando é necessário um equipamento específico ou é preciso ter a expertise ou aplicação da máquina”, contou o gestor de Equipamentos da Barbosa Mello Construtora, Carlos Magno Cascelli Schwenk. Outro fator que viabiliza ou não a locação é o prazo de execução da obra. Entretanto, há contratos que exigem que a construtora utilize equipamento próprio.

Para o fundador da Casa do Construtor, a questão do compartilhamento é fundamental em seu negócio “Temos visto tendências mundiais que mostram que as empresas que não aderirem às ferramentas amigáveis, que facilitem o acesso e a busca pelo equipamento estão fadadas a deixarem o mercado”.