Alerta sobre roubos de máquinas
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) lançou recentemente um sistema novo para garantir a segurança no campo e manter o patrimônio dos agricultores brasileiros. Trata-se do Sinal Agro, um sistema de registro de furtos e roubos de equipamentos e animais, que proporciona agilidade à comunicação de furtos de máquinas, animais e defensivos agrícolas, bens de elevado valor agregado.
Para fazer o registro de algum sinistro, você deve entrar na página da Polícia Rodoviária Federal (www.gov/prf/pt-br) e clicar no ícone correspondente ‘Sinal Agro/ Sistema Nacional de Alarmes para o Agronegócio’, seguindo o passo a passo determinado. Os policiais recebem um alerta da ocorrência no smartphone funcional, com os dados do bem que foi furtado ou roubado.
Após receber a comunicação, a PRF vai analisar e validar a respectiva ocorrência, que será disparada para todos os policiais em um raio de 200 quilômetros (km) por meio de um alerta no smartphone funcional. O registro também poderá ser feito por telefone pelo número de emergência da PRF, o 191.
De acordo com a Agência Brasil, o serviço funcionará 24 horas por dia e no futuro será integrado a sistemas em funcionamento dos estados para garantir o aumento da cobertura de atendimento.
Segundo a PRF, o registro no sistema Sinal Agro não substitui o boletim de ocorrência que deverá ser emitido pela Polícia Civil. A instituição alerta, ainda, que em caso de falsa comunicação por meio do sistema, o cidadão poderá incorrer em crime previsto no Artigo 340 do Código Penal, e está sujeito a pena de detenção, de um a seis meses, ou multa.
Esse tipo de sinistro tem causado prejuízos não apenas a empresas ao agronegócio, mas principalmente a locadoras e prestadoras de serviços de terraplenagem e pavimentação, que frequentemente deslocam equipamentos para diferentes locais. “Os crimes de roubo de equipamentos de construção são praticados por quadrilhas especializadas, fato que já é de conhecimento dos empresários do setor”, explica o ex-presidente da APELMAT, Flávio Figueiredo Filho.
“As quadrilhas roubam a máquina, cruzam o país driblando todo tipo de fiscalização e adulteram o equipamento para revenda. Em muitos casos, são inseridos dados falsos em notas fiscais, para apagar evidências caso haja averiguação durante o percurso”, complementa Flávio.
Esse tipo de sinistro precisa ser duramente combatido. “Embora as polícias civil e rodoviária federal façam ações conjuntas para investigar, descobrir e desmantelar as quadrilhas, muitos equipamentos demoram a ser recuperados. Todas as iniciativas da gestão pública no intuito de inibir esse tipo de crime são bem-vindas”, arremata Flávio.