Resultado global da CNH cai 21% no primeiro trimestre
A CNH Industrial – grupo que contempla a Case e a New Holland – fechou o primeiro trimestre de 2025 com receita consolidada de US$ 3,83 bilhões, o que representa queda de 21% na comparação com o mesmo período do ano anterior. O resultado foi anunciado no início de maio globalmente e, segundo o grupo, reflete a menor demanda nos setores em que ela atua, especialmente na área industrial, cuja receita líquida foi de US$ 3,17 bilhões (retração de 23% frente ao primeiro trimestre de 2024).
O lucro líquido somou US$ 132 milhões, contra os US$ 369 milhões apurados um ano antes. Já o lucro diluído por ação caiu de US$ 0,29 para US$ 0,10. A empresa reportou ainda fluxo de caixa operacional positivo de US$ 162 milhões. Já a absorção de caixa livre nas atividades industriais totalizou US$ 567 milhões no trimestre.
Segundo o CEO da companhia, Gerrit Marx, o foco da CNH Industrial continua voltado para a redução de estoques nas concessionárias e para a execução de iniciativas de economia de custos. Em coletiva para a imprensa internacional, Marx destacou que, apesar das condições adversas de mercado, a companhia segue comprometida com a excelência operacional e com o avanço de tecnologias.
CNH prevê mercado menor em 2025
A CNH revisou suas projeções e indicou que a nova orientação leva em conta a instabilidade macroeconômica provocada pelo ambiente global de comércio.
Em reunião com analistas, o CEO Gerrit Marx disse que a empresa está focada na redução de estoques nas concessionárias. “Estamos trabalhando em estreita colaboração com nossa rede, apoiando-a com ações de marketing e trocando informações para atingir níveis de estoque mais baixos e saudáveis, enquanto nos preparamos para uma excelente linha de modelos do ano-modelo 2026, que chegará em breve”, informou.
A projeção da CNH Industrial para 2025 indica queda de 4% a 15% nas vendas líquidas do setor de construção em comparação com 2024. O intervalo leva em conta os efeitos de disputas comerciais e os anúncios até o momento das tarifas impostas pelo governo de Donald Trump.