Jovens mantêm sonho da casa própria
A casa própria ainda é o principal desejo de consumo para 93% dos brasileiros, segundo pesquisa do Datafolha, que leva em conta apenas as pessoas que vivem de aluguel ou em imóveis cedidos. O sonho da casa própria também abrange as gerações mais jovens. Um estudo do Programa de Pós-Graduação em Gestão Urbana da PUC do Paraná revelou que 95% dos integrantes das gerações Y e Z ainda desejam ter um imóvel. Já um levantamento da MRV, maior construtora da América Latina, aponta que os jovens de 18 a 30 anos representaram cerca de 62% dos compradores da companhia entre janeiro e outubro de 2025.
Especialistas em habitação apontam que o sonho da casa própria é movido pela busca por pertencimento, estabilidade e segurança — especialmente em um contexto em que o aluguel consome parcela significativa do orçamento de muitas famílias. Há ainda a ideia de uma “herança imobiliária”, conceito que traduz o desejo de deixar um bem para as próximas gerações, além do valor emocional atribuído ao lar, entendido como o espaço onde se constroem memórias, vínculos e histórias.
O que desejam os jovens brasileiros?
“Temos observado um movimento muito forte dos jovens que desejam conquistar sua independência cada vez mais cedo, seja para morar sozinhos ou iniciar uma vida a dois. Esse público é também mais exigente: busca empreendimentos sustentáveis, seguros, com boas áreas de lazer e infraestrutura completa”, destaca Viviane Sieiro, diretora comercial da MRV no Rio de Janeiro.
Segundo a executiva, os programas habitacionais como o Minha Casa, Minha Vida têm papel fundamental nesse processo, porque oferecem condições mais acessíveis de financiamento, taxas de juros competitivas e prazos que podem chegar a até 35 anos. “Isso torna o sonho do primeiro apartamento mais viável para essa geração que já entende a moradia como um investimento em qualidade de vida e futuro”, acrescenta.
Sonho da casa própria que movimenta o país
Para além do âmbito pessoal, o setor da construção também movimenta a economia e inspira políticas públicas de habitação. Programas como o Minha Casa, Minha Vida ampliaram o acesso ao crédito e ao subsídio habitacional, permitindo que famílias de renda média e baixa concretizem esse projeto de vida.
A MRV entende que focar em empreendimentos acessíveis é uma forma de atender a demanda desse público e ajudar combater o déficit habitacional. A companhia atua com o Minha Casa, Minha Vida desde a sua criação e tem mais de 92% de seu portfólio enquadrado no perfil do programa, somando mais de 40 mil unidades em todo o país. Ao todo, a empresa já entregou mais de 500 mil imóveis pelo Brasil, realizando o sonho de mais de 1,5 milhão de pessoas.
“O lar é visto como o ponto de partida para a melhoria na qualidade de vida e a busca por melhores perspectivas para muitas famílias. As construtoras têm uma grande responsabilidade e um papel central nesse processo, porque entregar um imóvel exige planejamento urbano e viabiliza o progresso de famílias, comunidades e cidades”, encerra Viviane.





