9 de março de 2021

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Por: Apelmat

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Categorias: Equipamentos, Mercado, Negócios

Indústria de implementos rodoviários mantém ritmo de recuperação

A indústria de implementos rodoviários registrou no primeiro bimestre de 2021 variação positiva de 29,84% com relação ao mesmo período do ano passado. Na análise de Norberto Fabris, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir), o mercado está respondendo bem após quatro anos de crise e 2021 está favorável para uma retomada consistente no crescimento dos negócios nesse setor.

“Não podemos sofrer qualquer revés, o que seria desastroso”, diz Fabris, referindo-se a intenção do setor siderúrgico de aplicar reajuste no preço do aço.

O segmento de Reboques e Semirreboques apresentou nos primeiros dois meses do ano uma variação positiva de 47%. No primeiro bimestre de 2021 foram emplacados 13.323 produtos ante 9.050 unidades no mesmo período de 2020.

No setor de Carroceria sobre chassis o desempenho positivo no primeiro bimestre foi de 10,6%. Em dois meses, o mercado adquiriu 9.035 produtos contra 8.169 em igual período do ano passado.

Aumento inoportuno

Todo o movimento positivo nos negócios do setor fabricante de implementos rodoviários sofrerá interrupção se o valor do aço for reajustado. “O aço teve aumento superior a 80% em 2020 e a maior parte desse custo não foi repassado ao cliente final”, alerta Fabris.

O reajuste interromperia o ritmo de recuperação da indústria. “Trata-se de um insumo fundamental à nossa atividade porque o aço tem participação na produção de nossos produtos de até 80%”, diz o executivo.

A carteira de cobrança da indústria de implementos rodoviários não é indexada, isto é, os valores devidos são fixos. Indexar a carteira é uma prática onde quem vende protege seus ganhos contra eventuais flutuações de mercado, como reajustes de matérias-primas, repassando ao cliente esse custo.

Além disso, afirma o executivo, a Anfir entende que é inoportuno o reajuste porque a economia do país foi abalada seriamente em 2020 por conta da pandemia. “Assim não temos como repassar aos clientes e um eventual aumento seria absorvido pelos fabricantes, prejudicando diretamente a saúde financeira das empresas”, explica.

O efeito negativo do reajuste se estenderá a outros segmentos do mercado logístico, prevê o presidente da Anfir. “O transportador tem dificuldade em repassar aumentos aos geradores de carga“, explica.

Fonte: Assessoria de Imprensa