Caminho livre para pavimentação
Quem trabalha com obras de pavimentação está ciente de que o presente momento é de mercado aquecido. Se em 2023 os números de vendas de equipamentos revelaram crescimento importante, a expectativa do mercado para os dados de 2024, que ainda não estão totalmente consolidados, é ainda melhor. Portanto, neste 2025 que se inicia, a pergunta a fazer é: como deve ser este novo ano?
Como é usual, por se tratar de um mercado dependente de investimentos público-privados e concessões, os players conseguem ter boas estimativas a partir do que já vem contratado ou anunciado de anos anteriores.
Expectativa positiva para pavimentação
Para Renato Duarte, diretor comercial da Bauko, que distribui máquinas de pavimentação da Bomag Marini para São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e o sul da Bahia, a estimativa para 2025 é superar o ano passado. “Os indicadores apontam um ano muito bom. É provável que o recorde tenha sido atingido em 2024, mesmo levando-se em conta os excelentes números obtidos em 2023. E embora haja fatores negativos como a alta taxa de juros e o preço dos combustíveis, estimamos um crescimento de entre 3% e 4% para 2025”, diz ele.
Opinião semelhante é expressa por Bernardo Veroneze, head comercial de rental da Armac, locadora que atua com amplo portfólio de máquinas e também atende as obras de pavimentação. “Os números oficiais, assim que fechados, devem mostrar um crescimento de até 15% em 2024. Esperamos um 2025 com o mesmo ritmo”, projeta.
Os motores deste mercado aquecido têm relação com os anúncios de concessão rodoviária feitos pelo governo federal recentemente. “Atualmente, monitoramos as concessões do Ministério dos Transportes, que pretende leiloar 15 rodovias para concessão ao setor privado em 2025. Estamos estruturados para esta grande movimentação do mercado. Logo no primeiro mês do ano, fizemos um investimento de R$ 50 milhões em rolos compactadores da Dynapac. Nos últimos 12 meses, também aumentamos nossa frota de caminhões em mais de 30% para atender obras de infraestrutura”, detalha Veroneze.
Entre os projetos mencionados pelos executivos entrevistados, que podem exercer um impacto positivo na demanda por máquinas e mão de obra neste ano, está a duplicação da BR-116 nos trechos entre o Rio de Janeiro e Minas Gerais. Serão mais de 700 quilômetros de intervenção na rodovia, tanto para aumentar as faixas de rodagem como para construir obras de arte especiais ao longo do trecho.
Observando o cenário mais amplo, Renato Duarte, da Bauko, lembra que “somente no âmbito federal, serão R$ 161 bilhões de investimentos em 30 anos, em 8.449 quilômetros espalhados por todo o país”.
Leia a reportagem completa na edição 180 da Revista Apelmat.